DHBF faz operação para localizar provas sobre participação da milícia de Ecko na morte de candidato a vereador na Baixada 

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Delegado Uriel Alcântara comandou operação para arrecadar provas nas investigações que apuram a execução de candidato a vereador Domingão/Reprodução/G1

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense aperta o cerco contra a milícia liderada por Wellington da Silva Braga, o Ecko. Uma operação realizada na manhã de ontem teve como objetivo arrecadar provas nas investigações que apuram o assassinato do candidato a vereador de Nova Iguaçu Domingos Barbosa Cabral, o Domingão, (Democratas). O crime foi no 10 do mês passado. Os agentes da especializada cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em Nova Iguaçu e Duque de Caxias.

Domingão era irmão do policial militar André Barbosa Cabral, conhecido como Cabral, preso em julho desse ano e apontado como chefe de uma milícia que atua em algumas regiões de Nova Iguaçu. A milícia de Cabral teria entrado em conflito com o grupo de Ecko. Para a polícia, a execução do político seria uma resposta do grupo rival a Cabral.

Financiamento de campanhas
A ação também busca provas que possam indicar a efetiva participação da milícia em campanhas eleitorais com financiamento de candidatos apoiados pelos paramilitares.
“Um dos locais alvo da operação foi a residência de um candidato a vereador de Nova Iguaçu e o objetivo era encontrar elementos que pudessem comprovar um possível apoio da milícia no financiamento de campanha eleitoral. Necessariamente, nenhum vínculo dele como integrante daquela milícia, mas o apoio do grupo em financiamentos de campanhas, que vem sendo apurado em outras relações em toda a Baixada”, explicou o delegado Uriel Alcântara, responsável pela operação.

As investigações apontam ainda que Danilo Dias Lima, o “Tandera”, é um dos chefes do bando do Ecko e responsável por parte da organização criminosa com atuação nos bairros da Estrada de Madureira como Cabuçu, Valverde, Palhada, Km32 e adjacências.


Civil estoura fábrica clandestina de cosméticos na Zona Oeste
Uma Força-tarefa da Polícia Civil fechou uma fábrica clandestina de cosméticos da milícia chefiada por Ecko, ontem, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio .O paramilitar é um dos bandidos mais procurados do estado.

Na ação, 15 pessoas foram presas, entre elas dois suspeitos de serem seguranças da quadrilha. A operação também localizou um depósito de botijões de gás e uma loja de roupas com produtos piratas, além de central clandestina de TV a cabo e de internet, Os estabelecimentos que eram administrados pela milícia foram lacrados.