Dez municípios do Rio param de aplicar segunda dose da vacina

Vacina

Ao menos dez cidades do Estado do Rio já comunicaram informalmente à Secretaria de Estado de Saúde (SES) que não têm mais estoque para aplicar a segunda dose da vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan. 

 

Mangaratiba, Maricá, Duque de Caxias e Nova Iguaçu não tinham mais o imunizante disponível em estoque nesta terça-feira. Em Volta Redonda, a prefeitura ainda está aplicando a CoronaVac, mas confirma que a demanda está sendo apenas parcialmente atendida e deve informar até o fim do dia se haverá imunizantes para a segunda dose na quarta-feira.

 

Em Caxias, a prefeitura confirmou que o estoque de CoronaVac terminou nesta segunda-feira. Em Mangaratiba, a prefeitura comunicou nas redes sociais que o calendário de vacinação para a primeira dose se mantém, com a aplicação do imunizante da Oxford/Astrazeneca, mas não há mais CoronaVac para a segunda dose. “A imunização só será retomada quando houver fornecimento de novos lotes da vacina”, afirmou o município na publicação.

 

A Secretaria de Saúde de Maricá avisou pelo Instagram que “o lote da CoronaVac (560 doses) recebido no sábado (24/04) já foi inteiramente aplicado”. Nova Iguaçu também confirmou pela mesma rede social que a aplicação da segunda dose de CoronaVac foi adiada, mas que “por precaução, a Secretaria Municipal de Saúde marcou o retorno da segunda dose em 21 dias, e não em 28, deixando a população ainda coberta dentro do prazo máximo de retorno”.

 

A Prefeitura de Volta Redonda disse pelas redes sociais nesta segunda-feira que “o desabastecimento de CoronaVac se refletiu na região”. “A Secretaria municipal volta a esclarecer que, por determinação do Ministério da Saúde, as segundas doses não são reservadas, como no início da campanha de vacinação”.

 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse na última segunda-feira que as doses da CoronaVac devem ser distribuídas na próxima semana por causa do atraso na entrega do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) ao Butantan pela China. Sem dar detalhes, Queiroga informou que o ministério vai emitir uma nota técnica sobre o assunto. Há cerca de um mês, a pasta liberou o uso dos estoques reservados para a aplicação da segunda dose. Agora, segundo Queiroga, “há uma certa preocupação”. 

 

Fonte: O Globo.