Delegacia de Homicídios investiga se milícia fuzilou camelô na Zona Oeste do Rio

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Douglas Bellot era vendedor ambulante no BRT de Madureira/Reprodução

Douglas Deividson Bellot, de 36 anos, foi atingido por tiros de fuzil, próximo à comunidade do Bateau Mouche, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio, na madrugada da última sexta-feira. Ambulante, ele vendia doces na estação do Mercadão de Madureira do BRT e deixou três filhos pequenos.

A vítima foi assassinada com tiros na cabeça e na barriga perto de casa, na parte alta da favela. A esposa chegou a ouvir os disparos e sentir o cheiro da pólvora. Minutos antes, ela havia recebido uma mensagem do marido dizendo que já estava chegando.

A mochila de Douglas, com documentos, celular e carteira, foi roubada. A residência fica perto de uma área que serve de monitoramento da milícia que atua na região. Testemunhas acreditam que ele tenha sido morto pelos milicianos. A Delegacia de Homicídios investiga o caso.

Nas redes sociais, familiares e amigos lamentaram a perda e se indignaram. “Adeus, irmão. Vamos te amar pra sempre. Não era sua hora. Morreu injustamente. Covardia. Mas está tudo nas mãos de Deus e a justiça de Deus não falha”, publicou a irmã.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga a participação de milicianos na morte de Douglas. A casa do vendedor ambulante fica perto de uma área de mata onde criminosos passam a madrugada monitorando a movimentação do morro. Segundo colegas, Douglas costumava subir avisando: “é o DG, morador”