Decretos das armas de fogo: 68% dizem ‘não’, segundo pesquisa da CNT

Medidas decretadas pelo presidente Jair Bolsonaro flexibiliza, o uso e a compra de armas de fogo e de munições no país/Reprodução

Levantamento publicado ontem pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), em parceria com o instituto de pesquisas MDA, aponta que sete em cada 10 brasileiros disseram se posicionar contra as recentes alterações promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para flexibilizar o uso e a compra de armas de fogo e de munições no país.

De acordo com a pesquisa, 68,2% dos entrevistados avaliam ser contrários às medidas anunciadas. Por outro lado, 28,8% dos brasileiros mostraram-se favoráveis às alterações realizadas na legislação, além de 3% que disseram não saber opinar sobre o assunto ou optaram por não responder.

No último dia 12, o Palácio do Planalto anunciou a publicação de quatro decretos que facilitam o acesso a armas de fogo. As novas normas aumentam de quatro para seis o número de armas de fogo que um cidadão comum pode comprar e ampliam o acesso de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) a armas e munições sem a necessidade de autorização do Exército. O levantamento perguntou também sobre a classificação dos entrevistados. Neste quesito, 74,2% disseram que não tem posse de arma de fogo e, apesar da flexibilização promovida pelo presidente, não tem interesse em passar a ter.

Em contrapartida, 19,7% disseram que atualmente não tem posse, mas tem interesse em passar a ter; 1,6%, que tem pedido de posse de arma de fogo em andamento ou análise; e 3,7%, que já tem posse de arma de fogo já aprovada.