Datafolha aponta que metade dos brasileiros residentes em seis capitais está insatisfeita com a mobilidade urbana

Mobilidade

Pesquisa Datafolha encomendada pela 99, empresa de mobilidade urbana, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador, aponta a percepção da população sobre mobilidade urbana integrada, uso de aplicativos e hábitos individuais de transporte nestas capitais. A pesquisa aponta para uma insatisfação de metade dos respondentes (47%) em torno da mobilidade urbana nas seis capitais estudadas. Apesar da redução de veículos na rua durante a quarentena, aproximadamente 62% das pessoas estão preocupadas com o aumento do trânsito no pós-pandemia.

Como solução para melhorar esse quadro, 64% acreditam que o uso de veículos particulares piora a mobilidade urbana e, consequentemente, 86% dos respondentes defendem que o uso de transporte coletivo ou compartilhado deveria ser incentivado. Nota-se, ainda, uma maior percepção das pessoas sobre o papel dos carros próprios na mobilidade urbana: 68% defendem que a existência de carro por aplicativo diminui a necessidade de ter veículo próprio. Ainda como alternativa para evitar a volta aos congestionamentos pré-pandemia, 73% acreditam que os aplicativos de mobilidade colaboram com a fluidez do trânsito, enquanto 79% apontam que o transporte combinado (uso de dois ou mais meios de transporte) pode ser uma opção vantajosa para se locomover.

Renda e economia
Além disso, é importante destacar o papel que este serviço tem ao colaborar com as economias das cidades e no aumento da renda dos motoristas parceiros: uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe) mostra que a 99 (empresa brasileira de tecnologia que conecta passageiros e motoristas através de seu aplicativo) foi responsável por mais de R$ 12,2 bilhões do PIB nacional em 2019 — um resultado que leva em consideração o impacto econômico da renda obtida pelos motorista-parceiros e os seus gastos operacionais (como alimentação e combustível) e consumo das famílias (bens e serviços em geral). Esse valor foi equivalente a 0,18% do PIB brasileiro no ano passado.

As entrevistas foram realizadas entre 9 e 24 de outubro de 2020 nas seis capitais citadas. Foram ouvidas 1510 pessoas entre homens e mulheres, com 18 anos ou mais, pertencentes a todas as classes econômicas.