Covid-19: MS reduzirá intervalo de dose de reforço

O encurtamento do intervalo já vigora em quatro estados

O Ministério da Saúde anunciou hoje (16) que o intervalo da dose de reforço da vacina contra a covid-19 cairá de seis para cinco meses para idosos, imunossuprimidos (pessoas com baixa imunidade, isto é, com câncer, HIV ou transplantadas, por exemplo) e profissionais de saúde. Técnicos que assessoram a pasta disseram que têm analisado estudos que mostram a queda da proteção vacinal ao longo do tempo para subsidiar as recomendações.

O encurtamento do intervalo já vigora em Minas Gerais, Natal, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, por decisão das respectivas secretarias de Saúde. No Espírito Santo, a redução já é para quatro meses e, no Guarujá (SP), para dois. Estados e municípios têm autonomia para definir os próprios cronogramas de vacinação.

Mais de 100 de doses
Entre os pontos a serem considerados, está a disponibilidade de doses da pasta. Dados da projeção de entregas da pasta, atualizados semanalmente, indicam a entrega de 86,2 milhões de doses em novembro — sendo 21,7 milhões de AstraZeneca, 56,7 milhões de Pfizer e 7,7 milhões de Janssen.

Ainda segundo o ministério, o Brasil também deve receber 111,2 milhões em dezembro, das quais são 41,3 milhões de AstraZeneca (incluindo 5,1 milhões via Covax Facility), 17,9 milhões de Pfizer e 28,4 milhões de Janssen. Além disso, há previsão de receber outras 23,5 milhões de vacinas do consórcio global liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no próximo mês, mas o laboratório ainda não foi divulgado.