Covid-19: Belford Roxo comemora os dois primeiros casos de cura

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Magnum Kuster ficou internado durante sete dias no Hospital Fluminense até ser curado. Júlio César ficou na mesma unidade até o dia 9 de abril, mas não precisou ser entubado/Divulgação

A cidade de Belford Roxo registrou essa semana os dois primeiros casos de pacientes recuperados do coronavírus. A equipe do Hospital Fluminense (HF) em Belford Roxo comemorou a alta de dois pacientes que estavam internados na unidade de saúde com teste positivo para COVID-19. Depois de uma semana de internação e cuidados médicos, Magnum Kuster, 31 anos, e Julio César Pereira, 58, testaram negativo para o novo coronavírus e puderam ir para casa.
“É difícil encarar esta pandemia que ainda é tão pouco conhecida e estudada. Mas seguindo a OMS (Organização Mundial de Saúde) e os protocolos nacionais e internacionais nós conseguimos padronizar o atendimento destes pacientes e encaixá-los no melhor perfil de tratamento. Aliamos o bom senso com nossa experiência clínica e graças a Deus estamos observando a melhora de muitos pacientes. Foi maravilhoso poder comemorar os primeiros casos curados na nossa cidade”, declarou o diretor-médico do Hospital Fluminense, Raphael Peixoto.

Unidade equipada
O Hospital Fluminense é uma Unidade de Saúde de urgência e emergência pediátrica 24 horas conveniada com a Prefeitura de Belford Roxo e realiza todos os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Devido à pandemia de COVID – 19, que todo o Brasil está vivendo, o Hospital Fluminense foi preparado e equipado para receber os pacientes com suspeitas de coronavírus, ou casos já confirmados.
O Hospital informou que continua com emergência pediátrica 24h, e que o atendimento aos pacientes de COVID-19 está sendo realizado em um setor separado para que não exista nenhum tipo de contato ou acesso às crianças.

A cura de Magnum trouxe grande alívio para família
Magnum começou com sintomas leves de resfriado e imediatamente se isolou da esposa e do filho. Depois de uma semana com os sintomas, o microempresário fez uma consulta com cardiologista que identificou alterações no eletrocardiograma, e por isso indicou que buscasse um hospital para que fosse investigada a possibilidade de estar infectado com COVID-19.
A esposa de Magnum, Jéssica Kuster, conta que em princípio buscaram o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), mas que sentiram descaso com a situação e o atendimento demorou muito. Por isso o marido preferiu ir pra casa, já que estava cansado devido à falta de ar. Mas, os sintomas persistiram e no sábado (04-04) o casal procurou o Hospital Fluminense (HF) em Belford Roxo. “O doutor Raphael Peixoto fez o primeiro atendimento e foi muito atencioso. Meu marido ficou internado no mesmo dia porque a tomografia e o raio -X indicavam que era mesmo coronavírus. A equipe foi muito cuidadosa e dedicada. A gente via que eles estavam fazendo de tudo”, disse Jéssica.

Momentos difíceis com notícia de falecimento
Magnum ficou internado durante 7 dias em um dos 20 leitos UTI da unidade de saúde. Durante o período de internação, receberam a notícia do falecimento do avô de Jéssica, morador de Mesquita, que também estava com a doença. Ele chegou a ser atendido na cidade, mas não resistiu.
“Foi um momento muito difícil para nós. Mas, durante o sepultamento recebemos a notícia de que o Magnum havia sido curado. A família estava reunida e foi um momento muito emocionante ouvirmos juntos sobre a cura naquele dia de perda. Nosso choro se tornou um choro de alegria naquele momento. Uma vitória!”, contou Jéssica.
O paciente já está em casa, mas segue orientações para manter certo isolamento social. “A doença é muito nova e carece de estudos que comprovem até quando exatamente não há mais risco de contaminação”, alertou Raphael Peixoto.

“Uma equipe que veio para salvar vidas”
No dia 28 de março (sábado), Julio César da Silva, que é motorista na Prefeitura de Belford Roxo, começou a sentir enjoos, tosse, calafrios e dores no corpo. No domingo, sua filha, Ketty Muller da Silva, o levou para o Hospital Municipal de Belford Roxo onde fez exames de sangue e tomografia que indicavam pneumonia. Ele fez o teste para COVID-19 e foi orientado a ficar em isolamento domiciliar.
Julio foi imediatamente afastado do pai de 93 anos com quem mora, e passou a ser cuidado na casa na filha. “Ligaram para a gente dia 5 de abril informando que o teste havia dado positivo e pedindo pra que ele fosse imediatamente para o Hospital Fluminense. Ele e eu fomos muito bem recebidos. Eu tive toda assistência, não me deixaram sem notícia. Todos os profissionais que acompanharam o tratamento do meu pai me deram muito suporte, inclusive emocional”, contou Ketty.
Júlio César não precisou ser entubado, mas ficou internado sob cuidados até dia 9 de abril (quinta-feira), quando um novo teste mostrou que não estava mais infectado com o coronavírus. “Foi uma emoção que não tem explicação. Eu só tenho elogios e agradecimentos a fazer para toda equipe do Hospital. Foram muito atenciosos e dedicados no tratamento do meu pai. É uma equipe que veio para salvar vidas mesmo”, completou a filha.

Reportagem: Secretaria de Comunicação Social de Belford Roxo