Corpo do cabo da PM morto ao tentar evitar assalto em Mesquita é sepultado

PM morto-01 - manchete (1)

Polícia apreendeu um revólver calibre 38 que teria sido usado para matar o cabo Derinalto Cardoso/Rede social 

O corpo do cabo Derinalto Cardoso dos Santos, de 34 anos, baleado na cabeça durante um assalto a uma loja Casa & Vídeo em Mesquita, na última sexta-feira, foi enterrado na tarde de ontem no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.
No dia do crim, a polícia prendeu Jhonny Silva Quirino da Cruz como um dos suspeitos de ter participado da tentativa de assalto. Derinaldo, que era lotadono 20º BPM (Mesquita), chegou a ser levado para o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) em estado gravíssimo e passou por uma cirurgia de emergência. Ele estava internado no
Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da unidade e não resistiu aos ferimentos. O militar, que completaria dez anos na corporação no próximo mês, deixa esposa e dois filhos.

Cliente ficou ferido
Durante a ação dos bandidos, outra pessoa chegou a ser baleada na coxa, mas foi medicada e recebeu alta. A PM informou que os bandidos fugiram e chegaram a roubar um veículo da Prefeitura de Mesquita, levando os ocupantes como reféns. Mais eles foram liberados e o carro abandonado pelos criminosos na Avenida Brasil, na
altura de Realengo. Zona Oeste do Rio.

Uma denúncia anônima levou os policiais até a Vila Kennedy, também na Zona Oeste. No endereço indicado, os agentes encontraram a arma usada no crime: um revólver calibre 38 com numeração raspada e cinco munições.

“Família não vai sentir o amargor da injustiça”
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o tenente-coronel Marco Antonio Santos de Melo, comandante do 20º BPM, afirmou que irá seguir em busca do assassino e que a família do policial não vai sentir o amargor da injustiça.

“Nós recebemos dados de onde estaria a arma do crime que foi levada pelo irmão dele, menor de idade, da comunidade da Vila Kennedy para um esconderijo. Chegamos nesse esconderijo, achamos a arma e o irmão. Estamos aqui na 34ª DP para apresentar todo o fato. Estaremos incansáveis até a gente pegar esse assassino do nosso herói policial Cabo Cardoso. Cardoso, que Deus o tenha. A sua família não vai ter o amargor da injustiça.
Seguiremos firme. Conte com a Polícia Militar e com o 20º Batalhão”, afirmou o tenente-coronel. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).


Policial é assassinado em Nova Iguaçu

Ontem, outro PM foi morto, dessa vez em Nova Iguaçu. Segundo as primeiras informações, Douglas Constantino Barbosa foi executado com cerca de 20 tiros no bairro Corumbá. Ele chegou a dar entrada com várias perfurações por arma de fogo no Hospital da Posse, onde já chegou morto, segundo nota divulgada pela Assessoria de
imprensa do HGNI. O militar era lotado no 9° BPM (Rocha Miranda).

A Polícia Civil apura a informação de que o crime teria sido praticado por grupos de milicianos do Rio. Um deles seria chefiado por Edmílson Gomes Menezes, conhecido como Macaquinho, que atua no bairro Campinho, nas comunidades do Morro do Fubá (Cascadura), Quiririm (Vila Valqueire), Caixa D’Água (Quintino), na Zona Norte; além
de Chacrinha (Praça Seca) e Jordão (Taquara), na Zona Oeste da capital.

O Disque Denúncia oferece uma recompensa de R$ 1 mil para quem der informações sobre o paradeiro de Macaquinho.

O outro bando é chefiado pelos irmãos Leonardo Luccas Pereira, o Tico ou Leléo, de 28 anos, e Diego Luccas Pereira, 33, conhecido como Teco ou Playboy. O grupo domina uma área que se estende pelos bairros de Campinho, Quintino, Cascadura e Tanque, além da Praça Seca. A morte do policial seria resposta das quadrilhas às operações realizadas pela PM no Campinho.