Corpo de professora desaparecida é achado enterrado dentro de casa; principal suspeito do crime, companheiro é preso 

Ana Julia Mathias Thurler Alvarenga estava desaparecida desde segunda-feira

 

Ana Júlia e o companheiro dela, Jessé de Sousa, moravam em uma casa que estava em obra/Reprodução/Redes sociais

Principal suspeito do crime é o companheiro da vítima, que foi preso por agentes da Delegacia da Posse (58ª DP)

Menos de 48 horas após desaparecer, a professora e estudante universitária Ana Julia Mathias Thurler Alvarenga, de 22 anos, foi encontrada morta na tarde de hoje (18), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O corpo da jovem estava enterrado em um dos cômodos da casa, que estava em obra, no bairro Corumbá, onde ela morava com seu companheiro, apontado como o principal suspeito do crime. O engenheiro civil Jessé de Sousa foi preso por policiais da 58ª DP (Posse), onde o caso foi registrado.

De acordo com relatos de familiares, Ana Júlia foi vista com vida, pela última vez, na última segunda-feira (16), por volta das 17h39, quando saiu da Escola Municipal José Pacífico, na Estrada de Santa Rita, no bairro de mesmo nome, também em Nova Iguaçu, onde lecionava para turmas de educação
infantil. Imagens de câmeras de locais próximos indicaram que ela estava a caminho de casa, no Corumbá, e usando o uniforme do Laboratório Eliel Figueiredo, onde estagiava. Não há registros do final do trajeto.

Mensagens estranhas
De acordo com a mãe de Ana Júlia, na manhã da última terça-feira (17), ela recebeu mensagens enviadas do celular da filha, segundo as quais a jovem dizia que sofria agressões do companheiro: “Não estamos bem. Ele vem me batendo. Por favor, não conta nada pra ninguém”. “Tentamos retornar, mas
ela não respondeu e nem atendeu às ligações. Achei estranho porque as mensagens não pareciam terem sido escritas por ela, pois havia erros de português e minha filha era professora”, disse com voz angustiante Priscila Mathias.

Priscila conta ainda que na terça Jessé chegou a ligar para perguntar se a mãe sabia da filha, uma vez que ela não havia dormido em casa. “Disse que não e, imediatamente, passamos a procurá-la. Inclusive, ele ajudou nas buscas”, disse.

Os familiares informaram que aplicativos de rastreio do celular foram utilizados e a Polícia Militar chegou a ir aos possíveis locais, mas o celular e Ana não foram encontrados. O caso de feminicídio deve ser investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).