Civil e MP prendem bando por sequestro de caminhoneiros

Um dos presos da Operação Carga Pesada

Criminosos foram capturados com grande quantidade de drogas, celulares, munições, além de outros objetos e documentos/Reprodução


O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Ministério Público do Rio (MPRJ), e a Polícia Civil prenderam 17 pessoas, na manhã de hoje (22), durante a Operação Carga Pesada, contra integrantes de uma organização criminosa que sequestrava caminhoneiros e roubava suas carretas para buscar drogas no Paraguai.

Segundo denúncia do MPRJ, a quadrilha atraía as vítimas para falsos fretes. Quando chegavam ao local do “serviço”, na cidade de Maricá, na Região dos Lagos, eram rendidos e mantidos em cativeiros em favelas locais, enquanto o grupo usava seus próprios motoristas para buscar os entorpecentes nos veículos roubados. A Justiça expediu 11 mandados de prisão e um de busca e apreensão, dos quais oito acusados foram presos e um menor apreendido. Durante a operação, os agentes da 82ª DP (Maricá) prenderam mais oito pessoas em flagrante.

Divididos em escalões
Ainda segundo as investigações, o bando era formado por, pelo menos, 11 integrantes divididos em três escalões. A Justiça expediu mandados de prisão contra os acusados.

O primeiro escalão era exercido pelo chefe, o traficante Marcos Vinícius Dias Laurindo, o Lobo Mau, de acordo com a denúncia do MPRJ. Já o segundo grupo era formado por criminosos que tinham como atribuição escolher os motoristas, mantendo-os como reféns.

O último patamar da hierarquia ficava com a função de dirigir os caminhões até as fronteiras do Brasil com o Paraguai, como a cidade de Ponta-Porã, no Mato Grosso do Sul.

Filho de vereador está entre os presos
O Gaeco definiu a organização criminosa como “violenta, articulada e ousada”. Um dos presos é Lucas Broad Costa, filho do vereador de Maricá, na Região dos Lagos do RJ, Frank Costa (Avante). Lucas da Costa, o Esquerdinha, torturava os motoristas no cativeiro.

“Ele atua principalmente na vigilância das vítimas. Inclusive foi apontado como o elemento que mais os torturou, que mais os ameaçou com coronhadas ou simulando roletas-russas. Realmente aterrorizou essas vítimas”, disse o promotor Sergio Luis Pereira.