Castramóvel RJPet estaciona na Ceasa/RJ após castrar 5 mil animais na comunidade da Muzema, Zona Norte do Rio

Ônibus adaptado para o procedimento veterinário já iniciou as atividades na Zona Norte do Rio

Tutores aguardam com seus pets atendimento no castramóvel/Divulgação/Governo do RJ

Os donos de cães e gatos da Zona Norte do Rio de Janeiro já podem castrar seus animais totalmente de graça. Os procedimentos começaram na manhã desta segunda-feira (02/05), no pavilhão 300 da Ceasa/RJ, na Avenida Brasil nº 19.001.

No primeiro dia de castração, o programa já conta com 5 mil cadastros.

O Castramóvel faz parte do programa RJPET, da secretaria estadual de Agricultura, responsável pelas Políticas Públicas de Proteção e Bem-Estar Animal, que vai castrar 100 mil animais até o final de 2022. Atualmente, já são mais de 40 mil cães e gatos castrados em todo o Estado.

“Estamos muito felizes em dar continuidade ao projeto das castrações e, mais ainda, de levar nosso castramóvel para o CEASA/RJ. A empresa, vinculada a nossa secretaria, além de ser essencial para o abastecimento do nosso estado, também tem sido muito parceira dos projetos do RJPET. O agendamento das castrações já está aberto,” explicou o secretário de Agricultura, Alex Grilo.

As inscrições e agendamento devem ser feitas pelo site do programa (https://rjpet.com.br/entrar).

Rita de Cassia Santos, 52 anos, e Barbara Santos, 26 anos. Mae e filha, elas tem três gatos e dois cachorros em casa. Todos adotados da rua. Hoje levaram para castrar o gato Tomás (4 anos) e a cadela Luna (3 anos). A história da chegada do gato Tomás na família é muito linda.

A mãe, Rita, saiu à rua, na Saúde, onde moram, para comprar ração para os dois cachorros, no caminho ela viu uma vizinha abandonando os filhotinhos da própria gata que deu cria.

Rita, na hora, adotou um dos filhotinhos. Era dia 27 de março de 2018, data do aniversário de 22 anos da filha Barbara.

“Eu não aguentei ver aquela cena, se pudesse adotava todos”.

Quinze dias antes de completar 22 anos, a filha Barbara havia perdido seu cachorrinho para o câncer.

Então quando ela ganhou Tomás, ficou muito emocionada e chorou muito.

“Eu soube dessa castração através da internet. Minha prima e minha irmã, conseguiram cadastrar os bichinhos dela.”

Animais abandonados

A presidente da Ceasa/RJ, Bianca de Carvalho, destaca que a ação faz parte de uma campanha para diminuir o número de animais sem cuidadores que circulam no mercado de Irajá. A Ceasa/RJ convida todos a participarem, principalmente os moradores do entorno.

“Muitos cães e gatos dos moradores do entorno não são castrados e são criados com as portas abertas. Isso impacta diretamente no número de animais abandonados na Ceasa,” avalia Bianca de Carvalho.

Castração na Muzema

O ônibus castramóvel ficou estacionado na Muzema, na Estrada do Itanhangá, durante 30 dias, e castrou 5 mil animais. Quem teve a oportunidade de participar do projeto aprovou a iniciativa.

A moradora Luzia Soares Vieira levou os cães Zeus, de 7 anos, e Ralf, de 6 meses, para serem castrados.

“Os dois foram adotados na rua, um estava abandonado em uma ciclovia e outro dentro de um valão. Nunca conseguimos castrar, mas essa iniciativa foi muito importante pra gente, pois jamais iriamos conseguir pagar castração de dois cachorros, e aqui além de tudo ter sido feito com muita segurança, não pagamos nada,” disse.

Sobre o castramóvel

O castramóvel conta ao todo com 20 profissionais, sendo 10 veterinários, atuando desde a castração até a devolução do animal para o tutor. Todo procedimento leva no mínimo 40 minutos.

A equipe trabalha com cães e gatos em dias alternados, para facilitar o manuseio com os animais. O ônibus possui 6 calhas de castração e o objetivo é castrar pelo menos 2 mil animais por mês. Todo animal antes de ser castrado, passa por uma avaliação do veterinário que diz se o mesmo está ou não apto para o procedimento.

De acordo com a veterinária responsável, Dra. Ruana Renostro, o castramóvel trabalha com o método minimamente invasivo para animal.

“A castração é feita com toda segurança, exatamente como se fosse dentro de uma clínica comum. Aqui nós temos: mesa de emergência com aparelho de anestesia inalatória, as drogas necessárias em caso de emergência, e todos os equipamentos, além de uma equipe completa: veterinários, técnicos e auxiliares,” explicou a veterinária.