Casa do Direito da Mulher Daniella Perez pode ser ampliada em todo o estado do RJ

Projeto é uma homenagem à atriz assassinada em 1992/Divulgação

O projeto de lei prevê serviços como psicológico, social e jurídico às vitimas

Miguel Pereira foi o primeiro município do RJ a ganhar a Casa do Direito da Mulher Daniella Perez. Agora, uma proposta do deputado estadual Bruno Dauaire (PSC) poderá ampliar o projeto para instalação em todo o estado do Rio de Janeiro.
O nome do projeto é uma homenagem à filha da escritora Glória Perez, que foi assassinada em 1992.

A Casa presta atendimento a mulheres em situação de violência. O objetivo é resgatar a autoestima das vítimas, além de prestar serviços multidisciplinares, incluindo apoio psicológico, social, jurídico e cursos de qualificação.

Para Dauaire, a padronização do atendimento especializado a mulheres vítimas de violência em todo o território estadual será um marco para o avanço das medidas protetivas. “A instalação dessas unidades é urgente, já que completamos 15 anos da Lei Maria da Penha com agravamento de registros de abusos no período da pandemia”, defende.

Autora festejou
Na véspera da inauguração da primeira unidade, em junho, Glória Perez festejou a homenagem à filha e pediu a ampliação do projeto. “Emocionei com a escolha do nome da Dany para essa casa. Que venham muitas outras. É um belo projeto”, escreveu a escritora em rede social.

Embora a unidade de Miguel Pereira sirva de modelo, o projeto de lei detalha os atendimentos, serviços e programas que devem ser oferecidos na Casa do Direito para proteger as mulheres, reconstruir vínculos familiares e romper o ciclo de violência. Caso a agredida solicite, há também a orientação ao agressor para esclarecer sobre as consequências dos abusos.

Programas de educação
Para dar autonomia financeira, a Casa do Direito auxilia na solicitação de aluguel social e facilita o acesso das mulheres à programas de educação e os meios de inserção no mundo do trabalho.

Também estão previstas articulações junto a diferentes Órgãos intersetoriais, como Guarda Municipal, Patrulha Maria da Penha, Polícia Militar, Polícia Civil, Sala Lilás, Delegacias Especializadas e Poder Judiciário.

“Uma semente foi plantada e vamos lutar para que ela cresça. A Casa do Direito Daniella Perez oferece todo aparato e respaldo que essas mulheres vítimas de violência precisam para se livrar do abusador. Assim esperamos romper com ciclos de agressões e evitar novos casos de feminicídio”, afirma o deputado, autor da medida. Fonte: Diário do Rio