Caixa-preta da Clínica da Família de Vila de Cava pode ser estourada

CF vila de cava

Gestão de Wanderson Gomes na Clínica da Família de Vila de Cava poderá ser alvo de uma auditoria devido a diversas irregularidades denunciadas por pacientes em reportagem do Hora H/Reprodução

As supostas irregularidades praticadas pela atual gestão da Clínica da Família Drª Gisele Palhares Gouvêa, em Vila de Cava, Nova Iguaçu, podem estar com os dias contados. A contagem regressiva para o estouro da caixa-preta, que irá trazer à tona a podridão acumulada sob o tapete da administração de Wanderson Gomes já começou
Segundo uma fonte informou a reportagem do Hora H, uma auditoria, que estaria sendo preparada, irá realizar uma devassa, principalmente na contabilidade da unidade. O objetivo é rastrear indícios de desvio de verbas e de medicamentos que comprometem o atendimento à população. “Ele se acha o manda-chuva. Demite e coloca quem quiser, ignorando até mesmo a recomendação da Secretaria de Saúde de corte de despesas. Se vasculharem, vão encontrar muita sujeira escondida por ele. Wanderson conseguiu em um curto espaço de tempo instalar o caos na clínica. A incompetência dele sai pelos poros”, disse a fonte.
Há vários meses, a CF de Vila de Cava respira com dificuldades por causa dos problemas pontuados pela população: quando não faltam médicos, são os medicamentos que somem das prateleiras ou materiais de insumos para realização de pequenos procedimentos, como suturas ou curativos. As reclamações sobre atendimento deficiente se acumulam nas redes sociais. Pacientes relatam que ficam por quase duas horas aguardando para serem chamados.

Uso da máquina para campanha política
Além das denúncias de suposto desvio de verbas e outras arbitrariedades, também pesa contra a gestão de Gomes a acusação de que ele estaria usando o cargo de diretor-administrativo para promover uma candidatura à Câmara Municipal de Nova Iguaçu nas eleições de 2020.
De acordo com a denúncia, Wanderson estaria priorizando atendimento em troca de apoio político, principalmente para amigos e pessoas conhecidas que procuram a unidade. Há quem afirme que aliados políticos teriam ganhado um ‘empurrãozinho’ dele para conseguirem um cargo na unidade, denúncia que também seria alvo da auditoria.
A reporagem teve acesso a contracheques de supostos funcionários lotados na CF e levará o caso ao Ministério Público devido a indícios de favorecimento ilícito. “Com tantos problemas causados pela atual gestão, o prefetio Rogério Lisboa pode ficar em maus lençois se não tomar uma atitude. Wandersion está acabando com a clínica e manchando a administração municpal”, disse uma ex-funcionária da CF, demitida pelo diretor.

Reportagem:

Antonio Carlos