Bolsonaro lança campanha com foco em agenda conservadora

Candidato do PL à reeleição, Bolsonaro discursa na região central de Juiz de Fora (MG)/Victória Jenz/g1

O presidente Jair Bolsonaro (PL) lançou nesta terça-feira (16) a campanha à reeleição ao Palácio do Planalto, em Juiz de Fora, no sudeste de Minas Gerais. Na passagem pela cidade, o candidato focou na agenda conservadora e de costumes durante pronunciamento.

Bolsonaro desembarcou por volta das 10h no Aeroporto da Serrinha, onde participou de um culto com pastores evangélicos e discursou para um pequeno grupo de apoiadores. No discurso, transmitido em uma rede social do presidente, ele disse que o governo “não errou” durante a pandemia da Covid-19, que matou mais de 681 mil pessoas no Brasil.

Crise sanitária
A condução da crise sanitária pelo Executivo foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado, que atribuiu 9 crimes a Bolsonaro. A CPI da Covid pediu o indiciamento de Bolsonaro pelos supostos crimes de epidemia com resultado morte, infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo e incitação ao crime, entre outros.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o arquivamento de sete das dez apurações preliminares sobre Bolsonaro abertas a partir das conclusões da CPI. Em Juiz de Fora, Bolsonaro estava acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro; do general Braga Netto, candidato a vice na chapa que encabeça; e do senador Carlos Viana (PL-MG), candidato do PL ao governo de Minas Gerais.

Após o discurso no Aeroporto da Serrinha, Bolsonaro cumprimentou e tirou foto com apoiadores. Ele também participou de uma motociata pelas ruas da cidade. Depois do passeio de moto, o presidente subiu em um trio elétrico e discursou para eleitores na Rua Halfeld, na região central da cidade – local onde levou uma facada durante a campanha de 2018.

Aborto e à legalização das drogas
No pronunciamento, Bolsonaro focou em questões da pauta conservadora e de costumes. Disse ser contrário ao aborto e à legalização das drogas; e defensor da propriedade privada. Ele também afirmou que “o país não quer mais corrupção”, mas não mencionou os casos de possíveis desvios no seu governo, como o escândalo no Ministério da Educação.

Em um aceno ao eleitorado mineiro, disse que Minas Gerais é a “locomotiva” de qualquer campanha presidencial. O presidente, que segundo pesquisas tem vantagem sobre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os evangélicos, recheou o discurso com passagens bíblicas e menções a Deus.