Bolsonaro, Haddad e os votos nulos ou brancos no segundo turno

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Com as eleições chegando ao fim, o país se divide entre dois candidatos à Presidência. Jair Bolsonaro (PSL), político mais bem colocado em pesquisas de intenções de voto, que ampliou suas propostas para a área de segurança pública, uma das mais vulneráveis do País e de maior apelo nas urnas. E Fernando Haddad (PT), ministro que muito fez pela educação, questão de grande importância entre os eleitores.
Apesar das pesquisas mostrarem um percentual muito baixo de votos nulos ou brancos – 2,7%, o menor índice do século – aqueles que optaram por anular seus votos, citam pontos importantes para tal decisão. Como por exemplo, o candidato do Partido Social Liberal (PSL), que recentemente foi acusado de uso de caixa 2, para veicular fake news (notícias falsas) via WhatsApp. Além disso, parte desses eleitores listam motivos para deixar de votar no presidenciável. Enquanto isso, Fernando Haddad (PT) sempre liga sua imagem ao ex-presidente, Lula, preso por corrupção e lavagem de dinheiro.
Quanto ao candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), as rejeições são bem maiores. O partido, que se manteve na presidência por 13 anos e chegou ao fim após o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, é um dos mais corruptos na história da democracia do país. E não faltam motivos para os eleitores deixarem de votar em Fernando Haddad.
A corrupção instalada no país, a Petrobrás e outros tantos escândalos revelados pela Lava Jato que torna impossível acreditar que uma próxima gestão faça mudança. A quadrilha do PT, que teve Lula como “o grande idealizador”, recebeu R$ 1,485 bilhão em propinas, além dos R$ 27 milhões que o ex-presidente recebeu da OAS, onde estão contabilizados o tríplex que ele ganhou no Guarujá. Por causa desse imóvel, Lula foi condenado a uma pena de nove anos e seis meses de prisão. Haddad foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e quadrilha. A acusação da Promotoria é um novo desdobramento da investigação envolvendo a UTC Engenharia, de Ricardo Pessoa. A campanha do candidato do PT, Fernando Haddad, contratou a empresa de dois sócios ligados à Lava Jato: Giovane Favieri , réu por lavagem de dinheiro em Curitiba, e Valdemir Garreta, que firmou acordo de colaboração premiada no Peru sobre caixa dois da Odebrecht. O candidato responde a 32 processos na Justiça, que o colocam como um dos campeões da ficha de ilícitos cometidos na vida pública. Em declaração de bens obrigatória ao TSE, o presidenciável atesta que o apartamento em que reside em São Paulo vale R$ 90 mil. No Cartório de Registro de Imóveis, consta que ele declarou ter pago R$ 120 mil pelo imóvel em 1998 e realizado um investimento de mais R$ 20 mil na compra de uma garagem, o que não foi declarado. O valor real do apartamento é de R$ 997,9 mil – mais de 10 vezes a quantia orçada pelo candidato ao TSE. Haddad é acusado de superfaturar a ciclovia que liga o Ceagesp ao Ibirapuera, ao custo de R$ 54,7 milhões. Cada quilômetro custou para a Prefeitura R$ 4,4 milhões, bem acima do preço pago numa ciclovia na mesma região durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab. O candidato também nomeou Francisco Macena como seu tesoureiro, o mesmo é alvo de inquérito da PF por financiado a campanha do poste em 2012 com dinheiro do departamento de propinas da Odebrecht.

Izabelle Rodrigues