Bicheiro Rogério Andrade é preso pouco depois do filho na Região Serrana do Rio

Gustavo Andrade (d), preso pouco antes de Rogério, em ação da PF e do Gaeco/Reprodução

O contraventor Rogério Andrade foi preso nesta quinta-feira (4), após a 1ª Vara Criminal Especializada da Capital, do Tribunal de Justiça do Rio, decretar nova prisão para o bicheiro.

O pedido foi feito pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ), com base em um relatório de análise elaborado pela Polícia Federal.

Uma ação conjunta do Gaeco e da PF prendeu, pela manhã, o filho do contraventor, Gustavo Andrade – foragido desde a Operação Calígula, em maio.

Os dois estavam em um condomínio em Itaipava, na Região Serrana do Rio. Rogério não foi preso inicialmente por força de uma decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na segunda-feira (1), Marques revogou o mandado de prisão preventiva contra o bicheiro.

Os advogados de Rogério alegaram que o pedido de prisão foi baseado na apreensão de um celular em 2019 — a defesa sustentou não haver fato novo que o justificasse.

Nas buscas feitas ontem, foram encontrados documentos de junho e julho deste ano que revelam “uma sistemática cadeia de corrupção mantida de forma persistente com instituição de segurança”, como a Deac Centro (Delegacia de Acervo Cartorário), Deac, especializadas e Deam Centro (Delegacia de
Atendimento à Mulher).

Rogério seria o chefe da organização criminosa que contava ainda com o PM reformado Ronnie Lessa, e a delegada Adriana Belém, que facilitava as ações do grupo. Gustavo aparece como o número 2 na hierarquia criminosa montada pelo pai. É também chamado de Príncipe Regente.