Belford Roxo forma 116 cuidadoras de idosos

Formandas e autoridades comemoram o final do curso de cuidadora de idosos da Secretaria de Assistência Social

Formandas recebem o certificado de conclusão do curso de cuidadora de idosos/Rafael Barreto/PMBR

O curso formou 116 cuidadoras de idosos, que tiveram 60 horas de aulas práticas/Rafael Barreto/PMBR

Projeto da Secretaria de Assistência Social, que acontece no Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceambel), teve oito turmas desde janeiro

A Prefeitura de Belford Roxo, através da Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Mulher realizou a formatura de 116 cuidadoras de idosos. O projeto que acontece no Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceambel) teve oito turmas desde janeiro. O curso é voltado para as mulheres cadastradas no equipamento, vítimas de violência ou para as que possuem o CadÚnico. As interessadas devem ter de 18 a 55 anos e ir à unidade de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, munidas de duas fotos 3×4, identidade, CPF, comprovante de residência, folha de resumo do CadÚnico e comprovante de escolaridade.

Para a primeira-dama e deputada federal Daniela do Waguinho, o curso é uma oportunidade ímpar na vida dessas mulheres. “Estamos falando de autonomia financeira e autoestima de mulheres que passaram por momentos difíceis e vão romper esse ciclo negativo de suas vidas e ter a oportunidade de conseguir através do curso uma forma de renda. Fico muito feliz e honrada em ser inspiração para elas e representar todas em Brasília sendo a voz das mulheres e poder estar fazendo parte de pautas importantes de valorização e empoderamento feminino”, destacou a deputada.

“Não paramos por aí”
A secretária de Assistência Social, Cidadania e Mulher, Brenda Carneiro, prestigiou mais uma formatura do curso de cuidadoras de idosos. “E não paramos por aí. O município tem investido em diversas formas para essas mulheres buscarem autonomia financeira. Eu costumo dizer que é uma nova era de respeito, busca ao mercado de trabalho e pela libertação para que elas possam se reconstruir através da informação e capacitação para ingressarem no mercado de trabalho”, disse a secretária.

Prontas para o mercado de trabalho
Para o curso, as mulheres têm apostila para auxiliá-las no estudo em sala de aula. De acordo com a enfermeira e instrutora do curso, Cibeli Atayde, são 60 horas de aula prática onde elas aprendem sobre as principais doenças que acometem os idosos e dicas sobre comportamento, empatia, amor e cuidado de um cuidador. “E ainda 120 horas de prática em nossos asilos desenvolvendo tudo o que viram na teoria. Ou seja, elas estão preparadíssimas. Há um avanço muito grande no crescimento dos idosos e aqui cuidamos pensando em como gostaríamos que cuidassem dos nossos. É gratificante quando elas chegam com a notícia de contratação, pois o pensamento é de tirar elas da vulnerabilidade social e situação de violência para conquistarem sua independência financeira”, explicou Cibeli, ao lado da coordenadora do equipamento Ana Cristina.

Emocionada em seu discurso, a oradora da turma Dione Jéssica da Silva Pinheiro, 29 anos, sofreu abuso psicológico em seu lar e foi através do Ceambel que percebeu a situação em que se encontrava. “Estou muito feliz, pois é uma grande conquista para o meu emocional e psicológico. Estava em busca da minha independência financeira e foi muito bom receber esse apoio. O equipamento me dá todo o suporte e me deu essa oportunidade de chegar até aqui. É gratificante, pois agora poderei cuidar de pessoas que vão precisar da minha atenção e carinho. Tenho orgulho em saber que sou belforroxense e muito bem assistida pelo poder público”, disse Dione.

Sheila Santos, 39, explicou que uma vizinha falou sobre o curso e como ela exerce a profissão há 20 anos, decidiu buscar uma certificação na área. “Hoje a profissão está sendo regulamentada e exige diploma e como não tinha decidi fazer. O curso é gratuito e destinado a mulheres em vulnerabilidade no lar e isso é de suma importância para dar oportunidade a elas. Acredito que tendo uma orientação ou profissão já é uma porta de entrada para ela sair dessa situação”, garantiu Sheila. Assim como Sheila, Alessandra Márcia, 41, também teve o interesse através de uma amiga. Ela fez para encorajá-la e apoiá-la. “Vai acrescentar muito para mim, pois esse curso é caro e o atual governo está dando essa oportunidade para quem não tem condições”, resumiu, Alessandra.