Belford Roxo está no topo do ranking em ações do programa Segurança Presente na Baixada Fluminense

Policiais do Segurança Presente sempre atentos nas ruas/Divulgação

Produtividade dos agentes do programa é monitorada em tempo real/Reprodução

 

Ferramenta que permite o monitoramento da produtividade de policiais fez disparar número de abordagens nos últimos meses. 

No ranking das cinco bases que fizeram mais abordagens de janeiro a março, quatro estão na Baixada: A Belford Roxo está no topo do ranking das cinco cidades da Baixada Fluminense que mais fizeram abordagens de janeiro a março do programa Segurança Presente: 42 mil. Foram 19,5 mil carros e 22,8 mil pessoas abordadas nos três primeiros meses de 2021, total de 42,4 mil no período. O crescimento, comparando janeiro com março, foi de 87,6%.

Nova Iguaçu, segue na segunda posição, com 28, 3 mil. Depois vem Duque de Caxias e Magé. As unidades também estão entre as com o maior quantidade de agentes. A exceção é Magé, que tem, em média, um terço do efetivo das demais.

Entre as bases com maiores crescimentos em abordagens, três da Zona Sul aparecem na lista: Leblon, Ipanema e Lagoa. A da Barra da Tijuca aparece no ranking do número absoluto de abordagens, em 4º lugar, com 14,6 mil, e no de aumento de consultas de veículos, que pulou de 56 em janeiro para 1.506 em março.

De acordo com o superintendente do Programa Segurança Presente, tenente-coronel Rodrigo Laviola, a corporação desenvolveu a ferramenta, batizada de Hórus, que permite o monitoramento da produtividade de policiais em tempo real. A plataforma entrou no ar em dezembro e vem tendo o uso aprimorado.

“O olho que tudo vê”
A Hórus foi criada por agentes especialistas em Tecnologia da Informação do próprio programa, sem custo adicional. O nome é uma alusão ao símbolo originário do Egito Antigo, que representa “o olho que tudo vê”.

“A ferramenta ajuda os coordenadores na cobrança da produtividade e no direcionamento das ações em cada área. Mas temos uma espécie de auditor que faz uma análise das abordagens e de cada policial. Fazemos essa análise qualitativa. Não basta abordar um grande número de veículos e pessoas e não apresentar nenhuma ocorrência”, disse.

São 31 bases no estado
A plataforma fez disparar o número de abordagens feitas pelos agentes nos últimos meses. O número total, somando as 31 bases no estado, pulou de 55.478 em janeiro para 132.657 em março, aumento de 139%. O maior salto ocorreu em Ipanema, Zona Sul do Rio, onde as abordagens de veículos aumentaram mais de 80 vezes, passando de 18 para 1.455. Isso significa que os policiais paravam, em média, um carro a casa dois dias. Agora, são 47 veículos checados a cada 24 horas.

Prevenção e ajuda para resolver crimes
Laviola enfatiza que não considera os números baixos e explica que o Segurança Presente ainda é preventivo, mas também pode ajudar na resolução de crimes com as informações armazenadas. E ressalta o índice de pessoas abordadas que possuem antecedentes criminais. Nos três primeiros meses, foram pouco mais de 37 mil, o que corresponde a 20% do total.

Entre janeiro e março, das quase 189 mil pessoas abordadas, 434 (0,22%) tinham mandados de prisão em aberto contra elas. Levadas para a delegacia, 210 ficaram presas. É comum que haja falhas no Banco Nacional de Mandados de Prisão, e pode ocorrer de a ordem de prisão não ser mais válida, por isso é feita nova checagem nas delegacias. Já em relação aos mais de 91 mil veículos checados, 137 (0,15%) eram roubados ou furtados.