Assédio: professor de Muay Thai demitido de academia

Edson gravou um vídeo para se defender das acusações/Reprodução

Indiciado pelos crimes de importunação e assédio sexual praticado contra quatro alunas entre os anos de 2015 e 2018, o professor e lutador de Muay Thai Edson Souza foi demitido da academia Delfim, onde trabalhava, na Tijuca, Zona Norte do Rio.

Edson gravou um vídeo para se defender das acusações. “”Sou pai, sou padrasto, sempre respeitei minhas alunas, sempre respeitei as mulheres e espero que tudo isso seja resolvido na Justiça, da maneira certa, e nesse momento tô me afastando das minhas atividades até que o inquérito seja resolvido”, disse.

Depois que o caso veio a público, outras duas ex-alunas procuraram a polícia para dizer que passaram pelos mesmos constrangimentos. Uma deles mora em São Paulo. A outra vive na Europa. A indicação dos policiais é que ambas registrem o caso. No entanto, como ambas moram fora do Rio, o procedimento pode ser feito pela internet.

Segundo as investigações, Edson levava alunas adolescentes em roupas íntimas para pesagem em uma sala na academia Art Fighters, na Lapa, região Central do Rio. O lutador é fundador e líder do centro de treinamento. No local, tocava as jovens de forma libidinosa durante sessões de massagens, esfregava as partes íntimas nos corpos das meninas, dizia ter sonhos eróticos com elas, fazia propostas sexuais e pedia fotos das meninas nuas.

Ascendência sobre as atletas

No relatório final da investigação, o delegado-titular da 5ª DP, Bruno Gilabert, afirma que Edson prevalecia-se da ascendência que mantinha sobre as atletas para buscar a satisfação de sua libido, constrangendo-as ou importunando-as”.