Artista transforma chinelos deixados nas praias em obras que valem até R$ 5,6 mil

Aristide Kouame em seu ateliê em um beco da estreito

O artista marfinense Aristide Kouame, de 26 anos, está revolucionando com sua técnica de transformar lixo em arte. Ele percorre as praias da Costa do Marfim com um saco de lixo grande para recolher chinelos abandonados e outros calçados pelos banhistas.

Kouame transforma os restos em obras de arte avaliadas em até US$ 1 mil (R$ 5,6 mil) cortando as solas de borracha e plástico para moldá-las como peças que ele monta em grandes colagens. “Este é o lixo que as pessoas jogaram no mar e o mar traz de volta para nós porque não o quer”, disse Kouame em uma praia de Abidjã, a capital comercial da Costa do Marfim.

Sentado no chão de um beco estreito, Kouame esculpe formas, letras e rostos nas solas de borracha que resgatou da praia. Ele faz a própria tinta triturando os restos remanescentes em pilhas de pigmento tecnicolor. Sua técnica é ao mesmo tempo barata e ecologicamente consciente.