Alerj foi pressionada pelas redes sociais, diz Wilson Witzel

Witzel

Governador afastado usou o twitter pra se defender/ Reprodução 

Um dia depois da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovar o pedido de impeachment por 69 a 0 (o único parlamentar que não votou está com Covid-19) e autorizar a abertura de um processo por crime de responsabilidade, o governador afastado Wilson Witzel (PSC) afirmou que enfrenta tudo de “cabeça erguida”. Em uma série de mensagens publicadas no seu perfil do twitter ontem, ele voltou a se defender das acusações e afirmou que a Casa está cometendo um “grande erro” e que foi “pressionada pelas redes sociais“.

Com a decisão dos deputados, a Alerj autorizou o andamento do processo por crime de responsabilidade, publicada na edição de ontem no Diário Oficial. Agora, o documento com os votos dos deputados será encaminhado ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

No TJ-RJ, um tribunal misto, formado por cinco desembargadores e cinco deputados, decidirá ou não pelo impeachment. Conduzido pelo presidente do TJ-RJ, Claudio de Mello Tavares, o tribunal misto tem previsão de concluir o processo em 180 dias.
No dia 28 de agosto, o ministro do STJ Benedito Gonçalves já havia afastado Witzel por 180 dias após receber denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República). Em 2 de setembro, a Corte Especial do STJ confirmou o afastamento por 14 votos a 1. Nesse julgamento, os os ministros apontaram a gravidade dos indícios apontados na investigação, como o pagamento de contas em dinheiro vivo. Witzel é investigado por suposta participação em fraudes na área da saúde durante a pandemia do Coronavírus.