Agente do Degase é preso por suspeita de estupro contra interna de unidade feminina

A Justiça chegou a determinar o afastamento de cinco agentes e do diretor da unidade

O agente do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) Alisson Pires Barreto, de 37 anos, foi preso preventivamente por suspeita de estupro de vulnerável. Alisson é acusado de abusar sexualmente de adolescentes que cumpriam medidas socioeducativas na unidade feminina do órgão. Até o julgamento final, o caso seguirá tramitando em segredo de Justiça.

A prisão do agente ocorreu após investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que montou uma força-tarefa para fiscalizar unidades de internação para adolescentes do Degase.
Além de Alisson, outros dois agentes também foram denunciados pelo MP, que segue com as investigações sobre casos de abuso sexual.

Em julho, a Justiça do Rio determinou o afastamento de cinco agentes e do diretor de uma unidade socioeducativa feminina do Degase por suspeita de abuso sexual contra adolescentes internas. A denúncia foi apresentada pelo MPRJ e reiterada pela Defensoria Pública.

O governo do Rio de Janeiro exonerou quatro funcionários da unidade: o diretor-geral Márcio de Almeida Rocha; o diretor-adjunto César Silva Sucupira; o diretor do Centro de Socioeducação Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, na Ilha do Governador, Leonardo Lúcio de Souza; e o corregedor do Degase Douglas Ultramar Lima.

Na decisão, a juíza Lúcia Mothe Glioche determinou a transferência imediata das meninas para outra unidade. O Centro de Socioeducação Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, na Ilha do Governador, é o único local em todo o Estado do Rio de Janeiro destinado ao cumprimento de medidas socioeducativas de menores de idade do sexo feminino. As internas da unidade denunciaram assédios e abusos sexuais praticados por agentes e relatam que pelo menos duas das meninas ficaram grávidas.