Agarrada suspeita de abastecer com cocaína de facção paulista bocas de fumo do RJ

Drogas-27

Polícia apreendeu 10 quilos de pasta base com suspeita em ônibus em Duque de Caxias/Divulgação/Polícia Civil

Mulher estava com 10 quilos de pasta base para fabricar pó. Estima-se que a quantidade de droga tenha custado R$ 1,8 milhão. Letícia da Silva Chaves, de 22 anos, fez 15 viagens

Uma suspeita de fornecer cocaína para comunidade do Lixão, em Duque de Caxias, foi presa por agentes da 59ª DP (Duque de Caxias), com 10 quilos de pasta base de cocaína. Investigações apontam Letícia da Silva Chaves, de 22 anos, como um elo entre as maiores facções criminosas do Rio (Comando Vermelho (CV)) e de São Paulo (Primeiro Comando da Capital).
De acordo com o delegado André Leiras, titular da iunidade, a marginal foi presa dentro de um ônibus voltando de São Paulo. A função do PCC seria o fornecimento de cocaína com alto grau de pureza. Depois de misturado, rende cerca de 80 quilos de droga.

Rotina chamou atenção da polícia
A rotina de Letícia, que ia para São Paulo e voltava ao Rio sempre no mesmo dia, chamou a atenção dos investigadores. Cada trecho da viagem leva cerca de 6 horas de ônibus.
“Nós conseguimos documentar 15 viagens da Letícia ao estado de São Paulo, todas essas viagens feitas em um mesmo dia, o que chamou a atenção da polícia”, disse Leiras. Ele acrescentou que em todas as viagens, 10 quilos de pasta base eram transportados. A estimativa é que Letícia tenha abastecido a Comunidade do Lixão com 150 quilos do material, totalizando cerca de R$ 1,8 milhão.
“A prisão dela vai se desdobrar porque ela, inclusive, captava outras jovens para fazer essa distribuição. Temos notícias de distribuição de drogas para o Norte Fluminense”, disse André Leiras, delegado responsável pelo caso.

A Polícia Civil informou que a jovem não tem antecedente criminal e, por ter “boa aparência”, despistava os policiais quando carregava a pasta base. Ela vai responder por tráfico e associação ao tráfico. A prisão é decorrente de um inquérito policial que apura a identificação dos fornecedores de drogas, conhecidas como “matutos”, para as comunidades de Duque de Caxias. A 59ª DP (Duque de Caxias) investiga o caso.