Advogada é assassinada a facadas pelo irmão

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O jornalista João Paulo Mourão foi preso na cidade de Pedro II/Reprodução

PIAUÍ – A advogada Izadora Mourão foi assassinada com sete golpes de faca, no último sábado. O principal suspeito do crime é o irmão da vítima, o jornalista João Paulo Mourão. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do Piauí investiga as motivações do crime, ocorrido em Pedro II, cidade localizada a 208 km da capital Teresina.

Os dois irmãso tinham desavenças. A mulher foi encontrada morta no quarto do jornalista. A mãe e outros familiares também estão sendo investigados por suspeita de participação no caso. João Paulo, preso na última segunda-feira e ficou em silêncio quando questionado sobre o crime pelos policiais.

De acordo com informações do delegado Francisco Costa, conhecido como Barêtta, titular da DHPP, a vítima morava com o irmão e a mãe. As investigações apontam que, após matar Izadora, ele teria ido dormir no quarto da mãe. Ela, após encontrar a filha ferida no cômodo, ligou para a empregada da residência e pediu que a mesma dissesse que uma mulher tinha entrado no local e que João Paulo dormia.

“A mãe, quando tomou conhecimento que a filha estava ferida ou morta, ao invés de ligar para a polícia e chamar o socorro médico, ligou para a faxineira combinando que ela dissesse que João Paulo estava dormindo e que uma mulher teria entrado. Porém, a partir das 7 horas da manhã, ninguém entrou naquela casa”, relatou.

No entanto, a Polícia não detalhou como se deu o contato entre a mãe do suspeito e a funcionária. Não se sabe se a doméstica foi ouvida pelas autoridades.

O delegado indicou que duas facas foram usadas no crime: com uma ficando com uma tia, e outra com um primo de João Paulo. “A tia o chamou para entregar a faca. A olho nu, nós já sabemos que tem vestígios de sangue e elas irão passar por exames periciais”, destacou o delegado, afirmando que o crime foi premeditado.

“Eles possuíam umas desavenças, mas isso vai ser delineado nos autos do inquérito policial nos próximos dez dias. A motivação é muito subjetiva. Ele não fala, ele não confessa. Na verdade, ele premeditou o crime. A Izadora, nas últimas forças dela, ainda se locomove e deixa claro que o assassino estava próximo dela e dentro de casa”, disse.