“A vagabundagem da Light mata”, diz Paes

epa05905614 (FILES) A file photo dated 16 July 2013 of then Mayor of Rio de Janeiro, Eduardo Paes, as he addresses a press conference in Rio de Janeiro, Brazil. Media reports on 13 April 2017 state that Brazilian construction company Odebrecht's executives accused Paes of having received bribes worth around 5.2 million US dollars in exchange for Paes used his influence to grant some 2016 Rio Olympic Games' construction contracts to Odebrecht.  EPA/Antonio Lacerda

A Light cortou nesta semana a luz de 66 prédios da Prefeitura do Rio. A distribuidora de energia alega uma dívida do município de R$ 261 milhões. Um dos pontos atingidos é o Parque Olímpico, na Barra, o que levou a Secretaria de Saúde a suspender a vacinação drive-thru no local.

Tão logo a reportagem foi exibida no Bom Dia Rio desta sexta-feira (15), o prefeito Eduardo Paes (PSD) foi às redes sociais:

“A Light é uma empresa vagabunda. Passaram anos aliviando a barra do governo anterior. Agora querem receber na base do lobby e da chantagem. Eles terão as mesmas condições de recebimento de todos os fornecedores que têm crédito conosco! Não adianta nem forçar! Não passarão”, escreveu. “A vagabundagem da Light mata! Irresponsáveis!”, emendou, citando o drive-thru suspenso.

Nesta sexta-feira (15), durante a apresentação do 41º Boletim Epidemiológico da cidade, Paes voltou a criticar a distribuidora.

“Além de eu não aceitar lobby, eu não aceito chantagem. A maneira como a Light procedeu é quase uma estratégia de guerra. Geopoliticamente, eles escolhem alvos certeiros para dar uma espécie de aviso ao município. Só que, aqui, essa estratégia não vai funcionar”, declarou.

“Também posso dedicar uma parte do meu tempo a escolher alvos estratégicos numa empresa que, em geral, não cumpre com as regras de tempo de apagamento, não poda as árvores da cidade nas áreas com fiação e desrespeita as regras estabelecidas por legislação federal e estadual de desligamento”, emendou.

Paes admitiu que há “algo em torno de R$ 6 bilhões em restos a pagar” de “serviços executados e reconhecidos pela Prefeitura que não foram pagos pelo governo anterior”.