Vídeo mostra execução de traficante brasileiro no Paraguai

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Câmeras de segurança de uma farmácia da cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira do Paraguai com o Brasil, registraram a emboscada que culminou com a morte do narcotraficante brasileiro Jorge Rafaat Toumani, conhecido como Rei da Fronteira, na noite de quarta-feira. O tiroteio durou cerca de dez minutos e outras oito pessoas ficaram feridas.

O vídeo mostra o momento em que o jipe onde estava o traficante para no semáforo ao lado de uma caminhonete Toyota Hilux, onde estava instalada uma metralhadora de calibre ponto 50, que é usada para abater aeronaves. Quando o sinal abre, a Hilux corta o jipe do traficante e inicia o tiroteio. Atrás do carro onde estava Rafaat, surgtraficante2em outras três caminhonetes, onde estavam os seguranças do traficante. Os seguranças desecem dos veículos e começam a reagir ao ataque, mas logo fogem do local, correndo na direção contrária.
Disputa pelo tráfico

Para o juiz federal Odilon de Oliveira, que condenou o narcotraficante brasileiro Jorge Rafaat Toumani a 47 anos de prisão, não há dúvidas de que a facção criminosa que controla o tráfico em São Paulo foi responsável pela morte do bandido.

— Ali há uma disputa pelo controle do tráfico de drogas na região. Essa facção fez esse serviço porque quer marcar presença e dominar o tráfico na região. E não foi a primeira vez que fizeram algo parecido. No início do ano, houve uma tentativa — diz o magistrado.

A atuação da facção criminosa de São Paulo em outros estados não é novidade, como explica o promotor de Justiça Joçao Santa Terra, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo.

— A facção levou sua filosofia par aoutros estados da Federação e, hoje em dia, está em praticamente todo o território nacional. Isso a transforma na maior organização criminosa do Brasil — diz o promotor.

Atualmente, a facção se expande para os países fronteiriços, que são os mairoes produtores de droga na América do Sul.
— A facção tenta dominar o lucro, comandar o narcotráfico em todos os caminhos. Primeiro no Brasil, por meio dessas células implantadas nesses pontos estratégicos de fronteira: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. A gente identifica essa ramificação há tempos. O intuito da facção é eliminar intermediários e assim, obviamente, o lucro aumenta — afirma, que dá uma pista sobre o que pode ter motivado o ataque da facção ao narcotraficante Rafaat: — Quando uma célula criminosa decide controlar sozinha uma área produtora, as demais células ficam incomodadas.

O juiz federal Odilon de Oliveira lembra que essa não foi a primeira vez que a facção tentou matar Rafaat. Em março de 2014, os rivais tentaram armar uma emboscada. Os criminosos rondavam a casa do traficante, que fica em Pedro Juan Caballero, perto da fronteira com Ponta Porã, num carro-forte, mas os seguranças de Rafatt perceberam e acionaram a polícia paraguaia, que iniciou uma perseguição ao veículo.

 

Via: Extra