Parente de homem executado após ser amarrado na Baixada diz que vítima assaltava quando foi capturada

Foto: Reprodução/Whatsapp

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Em depoimento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), um adolescente, de 16 anos, contou que Patrick Soares de Lima Ribeiro, de 25, executado a tiros após ser amarrado no início da manhã desta terça-feira teria assaltado uma mulher antes de ser capturado por moradores em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O jovem, que é irmão de criação da vítima, relatou que “também foi amarrado e chegou a ser arrastado pela rua pelos moradores”. Patrick foi executado com seis tiros — um no braço, três no peito e dois na cabeça — após ser amarrado com uma fita nos pés e braços por um homem que passava pelo local num Palio branco.

De acordo com o relato do adolescente, ele, Patrick e mais um amigo, conhecido como Esquerdinha, saíram, no início da manhã desta terça-feira, de uma festa, próxima ao local do crime, na Avenida Geraldo Rocha, bairro Pioneira. Antes de voltarem para casa, Patrick disse que iria assaltar uma mulher. O adolescente afirmou que não participou do assalto e teria tomado, com uma moto, a direção de casa. Os outros dois teriam subido em outra moto para realizar o assalto.

O jovem também conta que retornou pouco tempo depois ao local, após perceber um tumulto. Quando chegou, afirmou ter encontrado Patrick amarrado e com ferimentos joelho e nos braços. Esquerdinha havia conseguido fugir. Após afirmar que era parente de Patrick, também teve as mãos amarradas. De acordo com seu depoimento, os moradores afirmaram que só iriam soltá-los “quando a polícia chegasse”. O adolescente afirma só ter ouvido o barulho dos disparos contra Patrick e que não viu o autor.

Já PMs do 15º BPM (Duque de Caxias) que foram ao local do crime relataram aos agentes da DHBF que o adolescente foi poupado pelo atirador após os moradores terem afirmado que ele não teria participado do assalto.

— Esse tipo de situação só acontecesse pelo vácuo de poder que existe nesses lugares. É por conta desse vazio que há gente que pensa que pode ocupá-lo. Mas isso não é justificável. A lei existe justamente para evitar situações como essa — afirmou o delegado Giniton Lages, diretor da DHBF e responsável pela investigação.

Agentes da DHBF já encontraram câmeras de segurança próximas ao local do crime. A especializada agora trabalha para identificar o atirador.

 

Via: Extra